domingo, 14 de julho de 2013

Precisão


Hoje fui às compras. Comprei a precisão e seu duplo entendimento:

  • é preciso recusar as facilidades de um olhar monofocal e também as facilidades de um olhar plurifocal, mas desconexo;
  • é preciso erguer-se no ponto em que esses olhares se cruzam formando outro olhar que navega de si para o mundo e para o outro, numa distância em constante negociação, e nunca nula. 

O navio desse olhar estabiliza-se no mesmo meio que lhe permite deslocar-se. De sua própria estrutura depende vencer a resistência do meio na produção de seu deslocamento. Essa resistência é feita da recusa, que precisa ser precisa para ser preciosa. De longe, ele parece parado. É preciso ser resistente para erguer-se em movimento no preciso ponto de sua preciosa presença. 

p.s. Navegando no Tâmisa. Em primeiro plano, a Ponte do Milênio (Millenium Bridge). Londres, setembro de 2008.

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