domingo, 26 de maio de 2013

E-map-book


Hoje fui às compras. Comprei um equipamento que ainda não existe, a não ser nos meus sonhos. Ele funciona assim: é um livro eletrônico, mas tem hiperlinks com os mapas digitais. Do mesmo modo que no e-book clicamos em uma palavra e a consultamos no dicionário, nesse e-map-book clicamos no nome de uma rua e podemos vê-la no mapa através dos tempos. Isso seria feito por meio de fotos, ilustrações, vídeos daquela rua tanto da atualidade quanto da época do texto que estamos lendo, e que tenham sido adicionadas por usuários voluntários (uma aplicação bem simples para popularizar o Volunteered Geographic Information, sem deixar de ligá-lo à cultura). Desse modo, podemos deixar geocatches para serem achados no espaço e no tempo! Assim, quando Peter Ackroyd conta-nos sobre a vida de Thomas Morus, podemos visitar a Milk Street, onde ele nasceu, em Londres, no próprio século XV, no século XIX, também mencionado por Ackroyd, ou na atualidade. Mas esse e-map-book que comprei vai além disso. Como teriam sido georeferenciadas as ruas citadas em todos os livros, poderíamos fazer a pesquisa inversa e saber que autores, em que livros, fizeram menção a uma rua pela qual nos encantamos ou estamos interessados de algum modo. Adoro comprar equipamentos que ainda não existem. Quando eu tinha 14 anos, comprei um que me permitia trilhar o caminho preferencial em relação às condições da pavimentação, engarrafamentos (que ainda não eram um problema do tamanho que são hoje), mão de direção e menor distância. Na verdade, esse funcionava melhor que os GPS disponíveis atualmente no mercado. Mas é claro, pois a fantasia não tem que lidar com as dificuldades da realidade, a alimentação e atualização de banco de dados na imaginação é sempre automática... e o cartão de crédito criativo tem fartura, mas não fatura...

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