Hoje fui às compras. Comprei um equipamento que ainda não
existe, a não ser nos meus sonhos. Ele funciona assim: é um livro eletrônico, mas
tem hiperlinks com os mapas digitais.
Do mesmo modo que no e-book clicamos
em uma palavra e a consultamos no dicionário, nesse e-map-book clicamos no nome de uma rua e podemos vê-la no mapa
através dos tempos. Isso seria feito por meio de fotos, ilustrações, vídeos daquela rua tanto
da atualidade quanto da época do texto que estamos lendo, e que tenham sido
adicionadas por usuários voluntários (uma aplicação bem simples para popularizar o Volunteered Geographic Information, sem deixar de ligá-lo à cultura). Desse
modo, podemos deixar geocatches para serem achados no espaço e no tempo! Assim, quando Peter Ackroyd conta-nos
sobre a vida de Thomas Morus, podemos visitar a Milk Street, onde ele nasceu,
em Londres, no próprio século XV, no século XIX, também mencionado por Ackroyd,
ou na atualidade. Mas esse e-map-book
que comprei vai além disso. Como teriam sido georeferenciadas as ruas citadas em todos
os livros, poderíamos fazer a pesquisa inversa e saber que autores, em
que livros, fizeram menção a uma rua pela qual nos encantamos ou estamos
interessados de algum modo. Adoro comprar equipamentos que ainda não existem.
Quando eu tinha 14 anos, comprei um que me permitia trilhar o caminho
preferencial em relação às condições da pavimentação, engarrafamentos (que
ainda não eram um problema do tamanho que são hoje), mão de direção e menor distância.
Na verdade, esse funcionava melhor que os GPS disponíveis atualmente no mercado.
Mas é claro, pois a fantasia não tem que lidar com as dificuldades da
realidade, a alimentação e atualização de banco de dados na imaginação é sempre automática... e o cartão de crédito criativo tem fartura, mas não fatura...
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